A história envolve uma empresa chamada Just Up, que produziu a série Ministério do Tempo, encomendada e transmitida pela RTP. A Just Up não terá pago aos actores, e o Correio da Manha apressou-se a noticiar a alegada burla, atribuindo-a sibilinamente à RTP.
É só mais um caso de manipulação descarada (agravado pelo facto de a "notícia" apenas estar disponível online para assinantes, pelo que o leitor comum fica apenas com a "informação" do título) e nada inocente.
A "estratégia de ataque" está em curso desde há vários anos e tem objectivos bem definidos. Foi assim que, no ano passado, se assistiu a uma tentativa de tomada de assalto da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista por um grupo de homens-de-mão da Cofina, por sinal empresa proprietária do CM, que por sua vez é a publicação que detém o maior número de queixas na CCPJ.
A mesma Cofina que, agora, quer afastar Alberto Arons Carvalho da ERC, acusado de "parcialidade" (contra o CM, evidentemente) com base em alegadas "escutas telefónicas" do processo Sócrates - obtidas ilegalmente pelo CM, é bom lembrar.
O que têm em comum a RTP, a CCPJ e a ERC? Quase nada, a não ser uma questão central: são todas elas entidades públicas da área comunicação social - o operador de rádio e televisão, o organismo que regula o acesso à profissão e a entidade que fiscaliza o seu exercício.
E ainda há quem não acredite que isto anda tudo ligado.
Facebook, 20.Jul.2017